domingo, 28 de julho de 2013

O diário de Anne Frank - Otto H. Frank & Mirjam Pressler

Autor: Otto H. Frank & Mirjam Pressler
Editora: Record
Número de páginas: 317
Sinopse: "12 de junho de 1942 - 1° de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente seguiu para Auschwitz e mais tarde para Bergen-Belsen."







"E se não tiver talento para escrever livros ou artigos de jornal, sempre posso escrever para mim mesma. Mas quero conseguir mais do que isso. Não consigo me imaginar vivendo como mamãe, a Sra. van Daan e todas as mulheres que fazem o seu trabalho e depois são esquecidas. Preciso ter alguma coisa além de um marido e de filhos aos quais me dedicar! Não quero que a minha vida tenha passado em vão, como a da maioria das pessoas. Quero ser útil ou trazer alegria a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo depois da morte! E é por isso que agradeço tanto a Deus por ter me dado esse dom, que posso usar para me desenvolver e para expressar tudo que existe dentro de mim! Quando escrevo, consigo afastar todas as preocupações. Minha tristeza desaparece, meu ânimo renasce! Mas - e esta é uma grande questão - será que conseguirei escrever alguma coisa importante, será que me tornarei jornalista ou escritora?"
Essa resenha já começou diferente - com um quote - porque esse é um livro diferente. Ele é real.
Anne é uma menina - judia - que acabou de completar 13 anos e se vê obrigada a se mudar com sua família para um esconderijo secreto durante a 2ª Guerra Mundial. Nesse novo lar, de onde ela não pode sair, e vivendo com uma outra família, os van Daan, tão diferente da sua, Anne não consegue se expressar e ser ela. Para ser compreendida, passa a narrar os eventos do seu dia-a-dia no Anexo Secreto (nome dado por ela ao esconderijo) a seu diário, que carinhosamente chama de Kitty, e encontra nele um porto seguro, uma espécie de amigo, durante os mais de dois anos que passa escondida. Kitty é a sua confidente, para quem ela pode relatar sobre os conflitos internos do Anexo, os seus maiores temores e opiniões mais fortes, sem se sentir julgada ou reprimida, bem como sonhar sobre os tempos que virão depois da Guerra.
"A beleza continua a existir, mesmo na desgraça. Se procurar, você descobrirá cada vez mais felicidade, e recuperará o equilíbrio. Uma pessoa feliz tornará outras felizes, uma pessoa com coragem e fé nunca morrerá na desgraça!"
O livro entrou na minha listinha de life changing. Não tem como não se emocionar com os relatos tão simples de Anne, e ao mesmo tempo tão profundos, tão cheios de verdade. Todos estudamos o Holocausto na escola, mas não temos noção de como era a realidade das pessoas que viveram naquele período, injustiçadas e com medo, pois vemos mais o lado político da Guerra, e eu, pelo menos, não tinha noção do que realmente seria pertencer ao povo judeu e estar escondida para sobreviver.
Enquanto lia, sentia que eu poderia ser Kitty, e o meu maior desejo era ser capaz de responder a Anne e privá-la de toda a situação pela qual passou, da tragédia em que viveu. Fazer com que ela sentisse que não estava sozinha naquela casa. Que quase 70 anos depois, alguém estava lendo suas palavras, se transportando para o mundo dela e desejando que ela não tivesse que ter passado por tudo aquilo. O diário de Anne Frank não é aquele livro que te emociona ao fazer com que você chore, e sim aquele que te deixa triste ao constatar a verdade na essência das suas palavras.
"Sempre que estiver sozinho ou triste, tente ir para o sótão num dia lindo e olhar para fora. Não para as casas e os telhados, mas para o céu. Enquanto puder olhar sem medo para o céu, saberá que é puro por dentro, e encontrará a felicidade outra vez."

Avaliação: 5/5

PS: Extrapolei no número de quotes, mas é... Não tinha como escolher um só.
Beijo,
Nic Kloss.

6 comentários:

  1. Oi Nic!
    Sempre tive curiosidade por esse livro mas nunca tive realmente paciência pra sentar e lê-lo. Eu já tentei ler Resistência que também era um "diário" de uma mulher cujo nome não me lembro... Só sei que parei de ler, mas até que estava gostando.
    Bom, eu li A Menina que Roubava Livros e sei que é ficção, o autor inventou. Mas até que dá pra ter uma noção básica, né?
    Pretendo ler Anne Frank, sua resenha ficou ótima e me deu motivação!
    Beijos
    queridosquinze.blogspot.com.br

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  2. Você falou tudo... Ele não é simplesmente um livro emocionante porque te faz chorar, é mais, é triste pois vemos que as suas palavras são reais. Aconteceu. É uma visão sobre um momento da história da humanidade, um momento delicado, um momento que é impossível não despertar sentimentos fortes. Foi uma incrível experiência para mim ler Anna Frank, aconselharia a todos.

    Beijo!

    -Amigas Entre Livros-

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  3. hum...adoro! Comecei a ler esse livro quando estava no ensino médio, mas como peguei na biblioteca acabei abandonando por falta de tempo. Quero muito ler...parece uma história realmente emocionante!
    P.s.: Desculpe a demora em responder, fiquei um pouco sem tempo para retribuir comentários, mas estou de volta.
    Beijos!
    Paloma Viricio- Jornalismo na Alma.

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  4. Oi Nic esse é um livro que todo mundo deveria ler, inclusive eu. Nunca tive a chance, mas sempre tive o desejo. Adoro histórias reais e principalmente as que se passam durante a primeira ou a segunda guerra, ver do que o ser humano é capaz em busca do poder. São histórias fortes e marcantes.

    Beijos
    Caline - Mundo de Papel

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  5. Nossa, sempre tive uma imensa vontade de ler esse livro... Mas nunca criei coragem!! Gosto muito de histórias assim... O menino do pijama listrado também é muito bom!

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  6. Um dos meus livros favoritos! É um livro que choca e que muda a visão do leitor sobre diversos assuntos.

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